sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Perfil ICC

Máquinas diferentes reproduzem cores de forma diferente. Um Perfil ICC pode ser instalado no computador para gerir a cor com mais precisão.


O perfil ICC foi criado para corrigir a cor e permitir que ela fique a mais próxima possível do original. Elaborado por fabricantes de produtos voltados para imagem digital, o perfil ICC (International Color Consortium) armazena uma série de informações, como: tintas, substratos, humidade, resolução, reticulação, calibração, papel etc.
Não se deve esperar uma igualdade absoluta entre o monitor (o qual precisa, naturalmente, ser de boa qualidade, não muito antigo, e apropriadamente calibrado) e o perfil impresso. Isto é devido às diferenças físicas entre o monitor e a saída de impressão.
Da mesma forma não se deve esperar uma exactidão absoluta entre a prova de cor e o papel impresso, devido às diferenças físicas dos suportes, das tintas e papeis usados na impressora. O resultado, entretanto, pode ficar bastante próximo, se a comparação for feita sob condição de iluminação padrão de 5000º K.
Todos os perfis ICC, se construídos apropriadamente, podem ser usados em computadores Mac ou PC.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Opacidade, Densidade, Densitómetro

Opacidade: Relação entre a luz que incide na superfície dum material e a luz transmitida através dele.

Densidade: Medida de opacidade (logaritmo da opacidade) e é medida entre 0 e 4,0.

Densitómetro:  Instrumento com célula fotoeléctrica para medir a densidade. Com ele, o impressor controla a qualidade final do trabalho impresso. Há dois tipos de densitómetro: de reflexão e de transmissão.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Reflexão, Transmissão e Absorção de Luz

O fluxo luminoso incidente divide-se proporcionalmente em três partes, dependendo das características da substância sobre a qual incide, dando origem às seguintes definições:
  • Reflectância: é a relação entre o fluxo luminoso reflectido por uma superfície e o fluxo luminoso incidente sobre ela;
  • Transmitância: é a relação entre o fluxo luminoso transmitido por uma superfície e o fluxo luminoso que incide sobre ela;
  • Absorvância: é a relação entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfície e o fluxo luminoso que que incide sobre a mesma.
 Os valores que interessam analisar na impressão são os da Transmitância.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Densitometria

Densitometria em artes gráficas é o procedimento de medição da densidade óptica de filmes fotográficos e produtos impressos para controlar as variáveis da reprodução gráfica.
A densitometria de reflexão é empregada para avaliar a densidade óptica de originais fotográficos e produtos impressos, enquanto a densitometria de transmissão presta-se a avaliar a densidade óptica de originais transparentes e fotolitos.
Os densitómetros de reflexão medem a quantidade de luz reflectida, enquanto os densitómetros de transmissão medem a fracção da luz incidente conduzida através de uma transparência positiva ou negativa. Devido à queda nos sistemas de pré-impressão baseados em fotolito, a utilização de densitómetro de transmissão é cada vez menor, dando lugar aos leitores de chapas.
Os densitómetros permitem avaliar a densidade, o ganho-de-ponto, o contraste relativo, a aceitação de um filme de tinta sobre outro (trapping), a saturação, o erro de tom, a percentagem de cinzentos, a eficiência das tintas etc.
Variações de densidade durante a impressão são indicativas de desequilíbrios que devem ser controlados.
É comum a pergunta: Qual a densidade que devo utilizar? Isso depende muito do contexto. Caso a gráfica esteja a imprimir segundo uma norma internacional, a densidade está ligada directamente ao valor LAB exigida pela norma. Cada tinta mostrará diferentes valores de densidade conforme suas características. Caso a gráfica não possua um padrão e está criando um, o contraste de impressão, presente no densitómetro, será útil para encontrar a densidade ideal.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O que é um espaço de cor?

Um espaço de cor é um modelo matemático usado para descrever cada cor a partir de fórmulas. É certo que existem muitos espaços de cor, mas vou abordar o RGB e o CMYK.
A cor é um componente indispensável em qualquer lugar. Ela gera contrastes, ressalta a beleza de pessoas e objectos, destaca a vida.
Mas o que é uma cor? A cor existe por causa de três elementos: luz, objecto e observador. A luz é formada pelo comprimento de três ondas: vermelho, verde, azul. Quando a luz incide sobre um objecto, é absorvida ou reflectida. As ondas reflectidas são enviadas aos olhos do observador, interpretadas pelo cérebro definem as cores.

Na natureza, as cores também são formadas a partir de pontos iluminados, que se baseiam em três cores: vermelho (red), verde (green) e azul (blue). Assim, surgiu o espaço de cor RGB, que é padrão de cores em todos os monitores, ou seja, todas as imagens e fotografias visualizadas no computador estão em RGB, e na hora de imprimir, também usamos o RGB? Aí é que reside o problema. As imagens no monitor do computador são formadas por pontos de luz que podem ter 16,7 milhões de combinações diferentes, ao passo que na cópia impressa as cores são geradas a partir do reflexo da luz sobre pigmentos ou corantes no papel branco. Portanto, é difícil reproduzir no papel impresso todas as cores que existem na imagem do monitor.
Por causa dessa incapacidade de simular as cores, surgiu então o CMYK, que é o espaço de cor usado para impressão a quatro cores de tudo o que tiver de ser impresso a cores. Ao contrário do RGB, que precisa apenas de três ondas de luz para formar as cores, o modo de cor CMYK necessita de quatro: Cyan (C), Magenta (M), Amarelo (Y) e Preto (K). Optou-se em usar a letra K para representar o preto (BLACK) para evitar confusões com a cor azul, que em inglês é Blue.

Qual o modelo de cor devo usar? RGB ou CMYK? A resposta depende da finalidade do material. Se formos tratar uma fotografia, fazer uma montagem apenas para usar na internet, e-mail ou visualizar no seu computador; a imagem final deve estar no modo de cor RGB. Mas se for editar ou manipular uma fotografia para um material impresso, papel fotográfico, jornal ou revista, o arquivo deve estar em CMYK.
O espaço de cor RGB é maior que o CMYK, possui mais cores, mas serve apenas para trabalhos exibidos nos monitores. O CMYK, por outro lado, é o espaço de cor apropriado para trabalhos destinados a materiais impressos.
Como o espectro de cores RGB é maior, consequentemente, as cores são mais vivas e intensas. Quando convertemos para CMYK, algumas cores ficam mais apagadas ou sem brilho.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Natureza da Cor

Muito antes da invenção dos primeiros monitores coloridos, cientistas, artistas e técnicos já se preocupavam com a maneira de representar cores uniformemente. Por diversos motivos, como a qualidade e natureza dos pigmentos usados na impressão e o tipo do papel que servia de suporte à tinta, materiais que deveriam ser exactamente iguais acabavam tendo aparências completamente diferentes. Com o passar do tempo, modelos foram desenvolvidos para aumentar a fidelidade das cores em diversas aplicações.
Antes de qualquer coisa, é necessário entender as diferentes naturezas da cor: RGB (Red-Green-Blue, Vermelho-Verde-Azul) como sendo a cor gerada nos monitores, e o sistema CMYK (Cyan-Magenta-Yellow-Key, Ciano-Magenta-Amarelo-Reforço [preto]) para impressão.
Isso significa que os monitores usam as três cores primárias do RGB (também chamadas de cor-luz) na construção de todos os milhões de cores que conseguimos ver.
Já as impressoras usam quatro cores para conseguir as reproduzir menos cores que o monitor cria com apenas três primárias. O CMYK (também chamado cor-pigmento) é diferente da cor-luz por funcionar subtraindo a sensação de cor ao misturar suas primárias, enquanto o RGB é chamado de sistema aditivo de cores, por somar suas primárias para conseguir as diversas tonalidades.
Para entender o porquê do aditivo ou subtractivo para cada sistema, consideramos que a cor branca é a soma de todas as cores. Para reproduzir branco no papel, basta não colocar nenhuma cor naquela área. Já no monitor, é necessário colocar todas as três primárias para mostrar branco.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Diagrama cromático CIE

De uma forma simplista, o CIE chart é um modelo padrão para definir o espectro de cores associado a um determinado display.
Existem basicamente dois modelos, o de 1931 que é o mais usado e um mais recente (1976) que é percentualmente mais adequado.


Apesar de ser um modelo tridimensional, na imagem só vemos duas dimensões (falta-nos a intensidade).
No decorrer de uma calibração tipicamente medimos os pontos das 3 cores primárias, sendo que esses três pontos vão formar um triângulo que define o espectro de cores que esse display será capaz de resolver (todas as cores dentro desse triângulo).

Poder-se-ia pensar que quanto mais alargado for o triângulo, melhor, mas a verdade é que o importante é estar o mais próximo possível dos pontos associados ao standard. Caso contrário, o mapeamento das cores não é o correcto, ficando o display com uma assinatura cromática própria.
O CIE determina também a "black body curve" e consequentemente o famoso ponto D65 que corresponde ao ponto adequando para o branco.